Saturday, March 14

Martin Gurfein escreve sobre seu percurso na fotografia e sua exposição de 1 de Abril a 2 de Maio 2015

Martin Gurfein, fotografia de Instagram, 36x36cm
"Eu tenho o que pode se dizer uma formação informal e autodidata; comecei meus estudos de fotografia trabalhando como laboratorista e assistente de alguns fotógrafos importantes da época, eu tinha 17 e era 1980. Em 83 cheguei a vir a SP pela primeira vez a trabalhar no laboratório de Eduardo Castanho, para fazer as ampliações da mostra "Um ano sem Elis" no Centro Cultural São Paulo. Na verdade nesse ano expus pela primeira vez, foi numa coletiva de fotografia no MIS a convite de Castanho que era o curador. Participei ativamente na cena cultural de Buenos Aires dos anos 80 que coincidiu com o final da ditadura e foi de uma intensidade sem igual, foi ai que conheci a Vivi Tellas, chegamos a trabalhar juntos numa casa noturna que se chamava Palladium, ela fazia umas intervenções no meio da noite com pequenas cenas eu tinha um cubo branco de 4 x 4 pendurado em cima da pista de dança e projetava fotos em todos os lados simultaneamente. 
Também participei de varias exposições e performances, cheguei a filmar em super 8, imagens que se  projetavam como cenografia de uma peça de teatro. Foi nesses anos que comecei a trabalhar como fotografo editorial, fui fotografo da revista de Rock "Pelo" durante 3 anos, e colaborei para outras revistas e suplementos de jornais do segmento. Em 85 fiz a cobertura do primeiro Rock in Rio para a revista 7 Dias da editora Abril da Argentina. Em 88 mudei para o Brasil, fui contratado para o primeiro projeto da Editora Perfil aqui em São Paulo. Dos 90 aos 2000 trabalhei como fotografo independente na área comercial diretamente para empresas ou agências de publicidade e colaborei para revistas como Caras, Boa Forma, Gula, Interview, Bizz, Play Boy, e vários outros títulos, a partir de 2001 volto a trabalhar na Editora Caras que foi o segundo projeto da Editora Perfil da Argentina no Brasil onde trabalho até hoje como Editor de Fotografia​. 
Nestes anos que morei no Brasil participei de várias exposições, em 1990, o audiovisual “8,45” no MIS. O Prêmio Porto Seguro de Fotografia com a instalação “X”, no Espaço Porto Seguro de Fotografia em 2004. Em 2005 expus na Galeria Hogar Collection de Wiliamsbourg, NYC, fotografias de NYC após o 11 de Setembro. Em 2006 fui selecionado no prêmio “descobrimentos” da Photo Espanha e participei da exposição coletiva desse mesmo prêmio no centro cultural Matadero de Madrid. Em 2007 expus o trabalho “Letras”, na Galeria Ernesto Catena Fotografia Contemporânea, em Buenos Aires. Em 2008 participei da exposição coletiva “The Dreamy Dreamer“ na Galeria Hogar Collection, em NYC. Ainda no mesmo ano, participei também da SP-Arte/Foto com a Galeria de Babel. Em 2009 da SP-Arte novamente com a Galeria de Babel, e da arteBA com a Galeria Ernesto Catena Fotografia Contemporânea."
Sobre sua exposição:
"A Ideia do trabalho é transportar essas imagens do universo virtual para o real. Das mais de 4 mil fotos publicadas no Instagram para apenas 20 e poucas penduradas na parede. O resultado está nos dois lugares. Um é massivo e efêmero, o outro é único e duradouro. Da plataforma das telas dos computadores, tablets e celulares para a impressão em papéis e tintas que deveriam durar para sempre, impressas com a melhor das qualidades, atrás de um vidro, em molduras de alumínio.
No espaço da rede pode-se ver uma espécie de diário, um relato fotográfico, cronológico, e poético de certa forma, da minha vida nesses últimos 3 anos. Na seleção feita para a Galeria se vêem as fotos como histórias individuais e sem nenhuma cronologia. De uma maneira bem resumida contam também a minha história nesses anos, mas como objetos completos em seu relato, sem correlação. A proposta é ver então como se lêem essas fotografias nesses dois mundos da imagem.
As fotografias foram feitas com iPhones: primeiro o 4s, em seguida o 5 e por fim com 5s. Em todas o filtro X-PRO II foi aplicado, e também a borda preta do Instagram e foram publicadas em sincronia com o Facebook.
O nome do trabalho 6x6 é uma referência ao formato médio, a Hasselblad, a Rolleiflex, referências fortes do meu passado na fotografia. E, finalmente, o que mais me instigou a fazer este trabalho, o quadrado." (Martin Gurfein)
Principais exposições:
1983 Coletiva no MIS, São Paulo. 1990 Individual, Audiovisual 8,45 no MIS, São Paulo. 2004 Individual “X” na abertura do prêmio Porto Seguro de Fotografia. 2005 Coletiva Universo na Galeria Infinito. 2005 Individual na Galeria Hogar Colection Em Wiliamsbourg NYC. 2006 Finalista do premio descobrimento na Photo Espanha 06. Exposição dos finalista no Centro Cultural Matadero Madrid. 2006 Seleção oficial do Notodofotofest Espanha. 2007 Individual na Galeria E Catena Fotografia Contemporânea em Buenos Aires. 2007 Coletiva Grupo Show na Galeria E Catena Fotografia Contemporânea Buenos Aires. 2008 Coletiva The Dreamy Dreamer na Galeria Hogar Colection Wiliamsbourg NYC. 2008 SParte Photo na Galeria de Babel. 2009 SParte na Galeria de Babel. 2009 ArteBA na Galeria E Catena Fotografia Contemporânea.